El cuidado de los cuidadores en el programa de prevención y eliminación de la explotación sexual comercial de niñ@s y adolescent@s
El cuidado de los cuidadores en el marco de las redes multisectoriales e interinstitucionales de Foz de Iguazú, Ciudad del Este y Puerto Iguazú, ligada al programa de prevención y eliminación de la explotación sexual comercial de niñ@s y adolescent@s promovida por la Organización Internacional del Trabajo (OIT).
Reflexión
Una lección de vida en el cuidado de los cuidadores. El psicólogo Argentino Guillermo Vilaseca sacudió Uma lição de vida no cuidado de cuidadores
O psicólogo argentino, Guillermo Vilaseca, sacudió el entusiasmo y la pasión de los individuos exponiendo los «traumas vicarios».
Al inicio de la noche, los presentes oyeron la conferencia del psicólogo argentino, Guillermo Vilaseca sobre “El Cuidado de Cuidadores”. Una lección de postura para profesionales que lidian con situaciones traumáticas. Vilaseca hizo saber que la exposicion constante en la cara de un problema grave que afecta a niños y adolescentes explotados, la miseria humana y de todo el contexto que rodea a este tema, en los cuidadores crea el «trauma vicario», es decir, un traumatismo localizado que se deben abordar para que el resultado flujo de trabajo de la mejor manera posible. «Con el mismo entusiasmo y la pasión de los primeros tiempos. Pero para esto es necesario para la reorganización de la función profesional «, dijo Vilaseca.
Al día siguiente, Vilaseca continuó realizando un trabajo práctico sobre «La acción de los Comités para la Prevención y Erradicación de la Explotación Sexual Comercial de Niños, Niñas y Adolescentes». Divididos en grupos, los participantes realizaron representaciones teatrales para cada caso. Con estos resultados, los grupos formularon nuevos planes de trabajo para los Comités de los tres países fronterizos.
«A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro.»(John Lennon)
Portanto, é preciso ser feliz já! Mãos à obra.
Temos muito o que fazer de bom e muito o que lazer na vida.
A todos, a nossa gratidão e votos de um Natal de Amor, de Felicidades, Saúde e Sucesso e que essa energia se repita a cada dia do Novo Ano!
CAMPANHA DA OIT/IPEC E CIRANDA
Tríplice Fronteira analisa lições aprendidas, avanços e estratégias para 2004
Redes multisetoriais e interinstitucionais de Foz do Iguaçu (BR), Ciudad del Este (PY) e Puerto Iguazu (AR) se reuniram no Paraná durante três dias de trabalhos
Cerca de 100 pessoas ligadas ao Programa de Prevenção e Eliminação da Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT/IPEC), estiveram reunidas durante três dias deste mês, em Foz do Iguaçu (PR), para analisar as dificuldades, os desafios e os avanços das redes multisetoriais e insterinstitucionais dos três países e, ainda, definir as estratégias para 2004. “Foi um encontro de sinergia total, quebra de paradigmas, de reconhecimento do próprio limite e do tempo, e de saber do fortalecimento do trabalho integrado em rede”, disse a coordenadora da OIT na Tríplice Fronteira, Isa Ferreira.
Os resultados finais foram a troca de experiências, maior integração entre os componentes das diversas redes e o conhecimento pessoal das dificuldades, dos desafios e das propostas similares em cada uma das cidades da Tríplice Fronteira. Números dos avanços conseguidos foram expostos. Também foram citados os dados sobre crianças retiradas da exploração sexual em cada país; os adolescentes e familiares que já estão inseridos no mercado de trabalho; a criação de uma Associação de Micro-empreendedores Sociais, idealizada por um grupo de mães e adolescentes, capacitados pela Fundación Esperanza, em Ciudad Del Este e, ainda, atitudes inéditas como as de mães indo, pessoalmente, procurar ajuda nos Centros de Referência, em Foz do Iguaçu, para recuperar as próprias filhas da exploração sexual comercial e o fato de agressores, também, já pedirem apoio profissional para se tratar, nesses mesmos locais. «São mudanças culturais» , atesta Isa.
PAINÉIS
As mais diversas ações das Redes da Tríplice Fronteira
Apresentações e discussões mostram fragilidades e, ao mesmo tempo,
as forças individuais e institucionais
A abertura do Seminário e as atividades iniciais, para uma intensa troca de experiências entre todos os presentes, ficaram sob a responsabilidade do psicólogo argentino Guillermo Vilaseca que, ao final do encontro, expôs toda a fragilidade e, ao mesmo tempo, a força de cada integrante dessa luta, quando todos se organizaram em rede. Dividido em quatro grandes painéis, o seminário mostrou os resultados obtidos pelos participantes de cada país.
O primeiro painel teve as exposições das campanhas de comunicação realizadas nos três países. Em 15 minutos para cada apresentação, coordenadas por Isa Ferreira, foram mostrados os diversos resultados. As atividades da Ciranda foram expostas pelas jornalistas Lilian Romão e Vania Mara Welte, em seguida, foi a vez da jornalista Marta Gimenez apresentar o obtido com a campanha do Paraguai, depois, representando a diretora da Itaipu, Gleisi Hoffman, a jornalista Heloísa Covolan falou sobre os trabalhos da empresa. Em seguida, a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Margaret Matos, discorreu sobre os Termos de Ajuste de Conduta para a mídia, hotéis e similares. Pela Argentina, Maria Rolón mostrou as ações daquele país, na sensibilização à população de Puerto Iguazu.
O segundo painel, sobre o Fortalecimento Institucional, coordenado por Maria Luísa Arce, teve as apresentações da representante da OIT em Foz do Iguaçu, Suely Ruiz; as ações em Ciudad Del Este, por Isolina Centeno; as capacitações de outras instituições, mostradas por Flora Villalba; os trabalhos, dos Centros de Referência em Foz do Iguaçu, por Marceli Ferraz e Lídia Shiavoni, em Puerto Iguazu. Em seguida a cada painel era aberto o debate para esclarecimentos aos presentes.
No período da tarde, sob a coordenação de Lídia Shiavoni, Flora Villalba, Marcelli Ferraz, mais a representante da Fundación Esperanza, Cristina Cadogan, de Ciudad Del Este, Antonia Sanchez, do Grupo Soroptimista de Puerto Iguazu e Neusa Golin, do Programa Sentinela, de Foz do Iguaçu, apresentaram os resultados obtidos no trabalho com crianças, adolescentes e suas famílias. Foi mostrado o avanço conseguido em cada região. Para dar maior clareza, ainda, às questões apresentadas, os participantes foram divididos em grupos de trabalho, para discutir as debilidades da Rede de Atenção e Proteção direta às crianças e seus familiares.
REFLEXÃO
Uma lição de vida no cuidado de cuidadores
O psicólogo argentino, Guillermo Vilaseca, sacudiu o entusiasmo e a paixão
dos indivíduos, expondo os “traumas vicariantes”
No início da noite, os presentes ouviram a Conferência do psicólogo argentino, Guillermo Vilaseca, sobre “Cuidado de Cuidadores”. Uma lição de postura para profissionais que lidam com situações traumáticas. Vilaseca fez saber que a exposição constante diante de um problema grave como o que afeta crianças e adolescentes explorados, a miséria humana e todo o contexto que envolve esse problema, cria nos cuidadores o “trauma vicariante”, ou seja, um trauma localizado que precisa ser tratado para que o resultado do trabalho flua da melhor forma possível. “Com o mesmo entusiasmo e paixão dos primeiros tempos. Mas para isso, é necessário fazer o saneamento do papel profissional”, alertou Vilaseca.
No dia seguinte, Vilaseca prosseguiu, realizando um trabalho prático sobre a “Ação dos Comitês de Prevenção e Eliminação da Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes”. Divididos em grupos, foram feitas representações teatrais para cada caso marcante, ocorrido ao longo das atividades. Com esses resultados, os grupos formularam novos planos de trabalho para os Comitês dos três países fronteiriços.
JUSTIÇA
Ação da Rede na área da punição aos exploradores
Criticas expõem a ferida social da falta de vontade política na área de segurança pública no país. Delegados indicam respostas aos por quês
No período da tarde, o último painel mostrou a ação da Rede na área de punição de exploradores. Coordenados por Célia Regina Carvalho, os delegados Aline Manzatto, da Delegacia da Mulher e do Turista de Foz do Iguaçu, e Alexandre Rorato Macedo, da Promotoria de Investigações Criminais (PIC), a advogada Clarissa Colleto, do Programa Sentinela, e a agente federal, representando o Comando Tripartite, Tânia Fernanda, apresentaram informações e resultados alcançados em cada setor.
Contundente, o delegado Macedo lembrou que “mais do que um discurso, a segurança pública deve ser levada a sério no país”. Para ele, não adianta ter seriedade no trabalho, se falta estrutura na polícia, se falta vontade política. “Talvez isso seja cômodo, para que não se investigue certas autoridades, inclusive policiais. E, ainda, há conivência dos próprios pais, para que seus filhos continuem sendo explorados sexual e comercialmente. Por trás disso, há miséria, desemprego e fome”, argumentou.
Tanto o delegado Macedo, como a delegada Aline, lembraram que a polícia trabalha com informações e precisa da colaboração da sociedade para combater o crime. Ambos lutam por melhor aparelhamento de infra-estrutura, mais recursos humanos e materiais e a criação de uma Delegacia Especializada para Crianças e Adolescentes, em Foz do Iguaçu. Mesmo assim, algumas redes criminosas já foram desmanteladas e cidadãos, antes, tidos como de bem, estão sob investigação na PIC. “Estão sendo investigados três vereadores e um ex-prefeito de Foz do Iguaçu, além de empresários e policiais do Paraná”, afirmou.
O final do Seminário foi reservado ao espaço de traçar as grandes linhas de ação para 2004 e para a previsão de sustentabilidade das redes. Cada grupo de trabalho expôs as questões elencadas. Entre as muitas citadas, estão cursos especiais de capacitação para policiais que atendem os turistas em Foz do Iguaçu, em relação ao combate à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes; a criação de oportunidades para empreendedores juvenis e seus familiares, no sentido de geração de renda; maior flexibilidade no atendimento às vítimas e seus familiares; permanente fortalecimento e cooperação das redes multisetoriais nos três países, entre outras estratégias.
AOS COMITÊS DA ESCI
OIT elabora recomendações para o avanço do trabalho conjunto
Redes multisetoriais e interinstitucionais de Foz do Iguaçu (Brasil), Ciudad Del Este (Paraguai) e Puerto Iguazu (Argentina) avaliaram todas as questões
Como espaços privilegiados de negociação entre os diversos setores, países e instituições, os Comitês locais de Foz do Iguaçu (Brasil), Ciudad Del Este (Paraguai) e Puerto Iguazu (Argentina) são redes multisetoriais e interinstitucionais de fundamental importância para a prevenção e combate à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. Juntas, pela mobilização, conseguiram gerar capital social e articulações entre os governos, em todos os níveis, e a sociedade civil, nas mais diferentes atividades e extratos sociais. Para que ampliem o seu poder aglutinador de forças, tenham maior visibilidade e possam atuar efetiva e eficazmente, a Organização internacional do Trabalho (OIT) elaborou uma série de recomendações, com o intuito, ainda, de ampliar seus espaços de atuação política e de negociações com autoridades locais, nacionais e do Mercosul.
Entre as principais recomendações da OIT, estão: A força de pressão junto ao Poder Executivo, Legislativo e Judiciário de cada país para a ratificação de convenções e acordos internacionais para o combate à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes; a elaboração de um Plano Nacional referente ao problema, de acordo com sugestões do Congresso de Estocolmo (Noruega); a criação e ampliação de políticas públicas de combate a esse tipo de crime, com apoio às vítimas, dando atenção especial à Tríplice Fronteira e outras regiões onde exista o tráfico humano.
E, ainda, o implemento de um Sistema de Intercâmbio de Informações de Segurança do Mercosul; a proposta, em instâncias legais do Mercosul, de um Protocolo Especial de Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal para a Tríplice Fronteira; o encabeçamento de uma campanha trilateral pela elaboração de um Acordo de Cooperação na Tríplice Fronteira, que possibilite a coordenação de políticas públicas nas áreas de assistência social, de saúde, educação e direitos humanos e pela criação de um Protocolo Especial de Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal para a Tríplice Fronteira, entre outras sugestões. Todas discutidas, avaliadas e aprovadas pelos presentes.
PELO FIM DA ESCRAVIDÃO
Senadores dos EUA visitam Seminário da OIT, em Foz
Os políticos norte-americanos agradecem o trabalho em favor das crianças e enaltecem apoio financeiro consistente da Itaipu
No último dia do Seminário de Avaliação da Campanha de Prevenção e Combate à Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, em Foz do Iguaçu, promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), senadores norte-americanos se reuniram com os representantes da Tríplice Fronteira – Argentina/Brasil/Paraguai -, para um diálogo mais próximo. Os senadores Tom Harkin, de Iowa, e Fritz Hollings, da Carolina do Sul, expressaram seus agradecimentos pelo trabalho desenvolvido, na Tríplice Fronteira, em favor de crianças e adolescentes explorados sexual e comercialmente. Ambos pertencem ao Comitê que financia o Programa na região fronteiriça dos três países latino-americanos. Eles também enalteceram o apoio financeiro da Itaipu Binacional. “Há muitos parceiros nos programas de erradicação do trabalho infantil, ao redor do mundo, mas por sua participação como membro das redes locais e pela forma como vem atuando, Itaipu é única no mundo”, disse Harkin.
Essa parceria da Itaipu Binacional, com o Programa da OIT, nasceu do compromisso firmado no Termo de Adesão à Campanha de Prevenção e Combate à Exploração Sexual Comercial elaborado pela Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência, ONG responsável pela sua execução na Tríplice Fronteira. “Sinto-me feliz por ver vocês trabalhando neste programa. Muitas crianças, que não tinham esperança, vão ter e outras já estão tendo uma vida melhor, graças a esse empenho de vocês”, enfatizou Harkin.
Os senadores disseram ter consciência dos enormes desafios existentes para manter esse tipo de atividade. Ele defende a união dos governos, em todos os níveis, da sociedade civil organizada, de ONGs e dos mais diferentes setores para vencer essa luta contra o crime organizado. Os senadores voltaram a citar Itaipu. Eles afirmaram que vão propagar o exemplo da empresa Binacional em todos os outros pontos do mundo, onde também se executam programas desse tipo como, por exemplo, na Guatemala, Marrocos, Egito, Jordânia, Paquistão, Nepal, Índia, Bangladesh, Costa Rica, Panamá e outros.
Os senadores norte-americanos lembraram que o trabalho infantil é o último e pior tipo de escravidão, ainda, existente no mundo. “E deve acabar”, sentenciaram. “Estamos orgulhosos do trabalho realizado na Tríplice Fronteira. Cada um de vocês sabe que o seu trabalho pode melhorar o mundo. Isso é muito importante”. Depois, ao se despedirem, Tom Harkin e Fritz Hollings fizeram questão de cumprimentar uma a uma as pessoas presentes.
EXEMPLOS
País deverá ter um verão sem turismo sexual
“Medidas adotadas, pela CPMI que combate o problema, se espelham em ações
já usadas no Paraná e no Rio Grande do Norte”, dizem matérias desta semana
De acordo com matéria publicada na data de 08 de dezembro deste ano, no Jornal do Estado, em Curitiba, feita pelo jornalista Sérgio Luís de Deus, e repetida no site da Andi, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga, no Congresso Nacional, a violência, o tráfico e a exploração sexual comercial de crianças, adolescentes e mulheres no país, anunciou em Brasília um pacote de medidas a serem adotadas, antes do Natal, para todo este verão de 2004 no Brasil. A CPMI adota medidas bem-sucedidas no Paraná e no Rio Grande do Norte, como o Código de Conduta que funciona há dois anos em Natal, e a Campanha de Prevenção e Combate à Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes na Tríplice Fronteira – Argentina/Brasil/Paraguai. Esta, uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT/IPEC), executada pela Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência.
“A nossa idéia é sugerir uma espécie de Pacto Nacional, envolvendo todos os governos, parlamento e a sociedade civil no combate ao turismo sexual. Não vamos admitir que pessoas venham ao Brasil com o intuito de explorar sexualmente nossas crianças e adolescentes”, garantiu a senadora Patrícia Sabóya Gomes, presidente da CPMI, e que na semana passada ganhou o apoio do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e da Polícia Federal para implantar as ações no país. Os trabalhos da CPMI foram prorrogados até junho de 2004, mas os parlamentares prometem se mobilizar durante as férias para controlar o turismo sexual – diz trechos da matéria do jornalista Sérgio Luís de Deus.
TRÍPLICE FRONTEIRA
Campanha denuncia exploração sexual no Paraguai
O objetivo é sensibilizar a sociedade para ajudar a combater esse tipo de crime
Com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e patrocínio da Itaipu Binacional, as Redes Locais de Prevenção da Exploração Sexual Infantil do Paraguai lançaram, neste fim de novembro, em Ciudad Del Este, uma campanha de comunicação contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes na Tríplice Fronteira.
Na ocasião foram firmados convênios entre Itaipu, Redes Locais e os prefeitos de Ciudad Del Este, Hernandárias, Presidente Franco e Mingua Guazu para o desenvolvimento de ações conjuntas de combate ao abuso e comércio sexual com crianças e adolescentes. Estimativas da OIT mostram que, na fronteira entre a Argentina, Brasil e Paraguai, havia no início de 2002 cerca de 3,5 mil crianças e adolescentes, entre oito e 17 anos, afetados por algum tipo de violência sexual com crianças e adolescentes.
Outras estimativas da OIT também indicam que 180 milhões de crianças e adolescentes, em todo o mundo, são explorados, sendo que 2 milhões sofrem abuso sexual ou são envolvidos em pornografia. No Brasil, uma pesquisa envolvendo 19 Estados e o Distrito Federal, aponta 241 rotas terrestres, marítimas e aéreas para a exploração sexual e tráfico de mulheres, adolescentes e crianças.
A presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, no Congresso Nacional, que investiga a violência, o tráfico e a exploração sexual comercial de crianças, adolescentes e mulheres no Brasil, a senadora Patrícia Sabóya, disse na solenidade do Dia Internacional para Eliminação da Violência Contra a Mulher, que os integrantes da Comissão estão chocados com o quadro da violência a que são expostas as crianças brasileiras.
INVESTIGAÇÕES
Movimento Piedade Campo Largo entrega dossiê à imprensa
O documento contém denúncias contra autoridades envolvidas em crimes
relacionados à exploração sexual infanto-juvenil
Neste fim de ano, integrantes do Movimento Piedade Campo Largo chamaram a atenção da sociedade com mais uma manifestação pública. Durante o ato, líderes do Movimento entregaram aos jornalistas um dossiê contendo denúncias e documentos que provam a ligação das autoridades com a exploração sexual de crianças e adolescentes e com outras atividades ilícitas, como tráfico de drogas e roubo de caminhões. «O corporativismo não pode impedir que a verdade venha à tona. Por mais que confiemos no Ministério Público e na Justiça, temos medo que isto possa vir a acontecer», disse Jaires Caldarte, chefe da Ciretran de Campo Largo e um dos líderes do Movimento Piedade Campo Largo.
JUVENTUDE EM JOGO
CNBB se mobiliza contra redução da maioridade penal
O presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella,
diz que a medida “é solução fácil para um problema difícil”
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) começa a se mobilizar para que o Congresso Nacional rejeite os projetos, em trâmite, que propõem a redução da maioridade penal. No Senado e na Câmara Federal há 58 projetos que pedem modificações no Estatuto da Criança e do Adolescente. “A redução da maioridade é uma solução fácil para um problema difícil”, diz o presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella Agnello. Para ele, o que está em jogo é a juventude e, por isso, não adianta pensar só na pena, mas sim discutir formas de prevenção da violência.
Dom Geraldo Majella lembra que a violência cometida por menores não é caso só de polícia. Para ele, os políticos devem ajudar na criação de oportunidades de lazer e na oferta de educação sadia, voltada aos valores éticos e sociais. Ele argumenta sobre a existência de um conjunto de fatores que deveriam ser objeto de reflexão, inclusive chamando a atenção para o papel da mídia sobre o problema.
(C/ Assessoria da CNBB)
BRASÍLIA
Lula é contra a redução da maioridade penal
Para o presidente, a maioridade penal deve ficar como está, em 18 anos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixa claro a jornalistas, em Brasília, sua posição sobre a redução da maioridade penal para 16 anos de idade. O presidente diz que a maioridade deve ficar como está, em 18 anos. »Reduzir a maioridade penal não resolve o problema da violência», defendeu.
Lula também discutiu o tema com representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Embora a CNBB tenha declarado ser contrária à redução da maioridade penal, alguns membros da igreja Católica, como o bispo de Aparecida, dom Aloísio Lorscheider, demonstraram ser favoráveis à redução da maioridade. Outro tradicional defensor dos direitos humanos, o rabino Henri Sobel, também falou ser favorável à mudança. Mas, de acordo com a CNBB, a posição de dom Lorscheider, é pessoal e não reflete o que pensa o conjunto da entidade.
(C/ Assessoria da Presidência)
CONTRA A EXPLORAÇÃO
Setor Turístico assina novos Termos de Compromisso com a Campanha
Em uma reunião, em Foz do Iguaçu, empresários se comprometem com
a Delegacia Regional do Trabalho e com representante da OIT
A reunião foi convocada pelo próprio presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Similares de Foz do Iguaçu, Carlos Antonio Tavares. Estiveram presentes, além dos empresários do setor hoteleiro e similares, os representantes da Delegacia Regional do Trabalho em Foz, do Comitê de Prevenção à Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes e da Organização Internacional do Trabalho, também em Foz do Iguaçu, Suely Ruiz.
Durante o encontro, os proprietários de hotéis e similares assinaram o Termo de Compromisso para combater a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, de acordo com documento elaborado pelo Ministério Público do Trabalho. Eles também assinaram o Termo de Adesão à Rede de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, da OIT e Ciranda. Na ocasião, os presentes receberam mais informações sobre os trabalhos desenvolvidos pelo Programa de Prevenção à ESCI na Tríplice Fronteira.
As novas adesões à Rede de Combate
1. Milton Martins Ramos – Hotel Florença Iguaçu Ltda
2. Orlando Peixoto – Hotel da Vila Militar (Hotel de Trânsito da PM)
3. Emília dos Santos Gomes Prata – San Martin Hotel & Resort
4. Arturo Samaniego – Parque Hotel Lago de Itaipu
5. Maria de Andrade – Hotel Salvattin
6. Camilo Perpétuo Rorato – Continental Inn Hotel Ltda
7. Altino Voltolini – Recanto Park Hotel
8. Iraci P. Sossella – Hotel San Juan
FRASES
“O trabalho infantil é o ultimo e pior tipo de escravidão, ainda, existente no mundo. E deve acabar. Estamos orgulhosos do trabalho realizado na Tríplice Fronteira. Cada um de vocês sabe que o seu trabalho pode melhorar o mundo. Isso é muito importante.”
Senadores norte-americanos, Tom Harkin e Fritz Hollings, em visita ao Seminário da OIT, em Foz do Iguaçu. Ambos fizeram questão de cumprimentar uma a uma as pessoas presentes.
“A maioridade deve ficar como está, em 18 anos. Reduzir a maioridade penal não resolve o problema da violência.»
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
“A redução da maioridade é uma solução fácil para um problema difícil.”
Declaração do presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella Agnello.
«É inútil mexer na maioridade penal. A mudança é inconstitucional. Além disso, compromissos do Brasil com organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a impediriam.”
Declaração do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em Brasília.
«O corporativismo não pode impedir que a verdade venha à tona. Por mais que confiemos no Ministério Público e na Justiça, temos medo que isto possa vir a acontecer.»
Jaires Caldarte, chefe da Ciretran de Campo Largo e um dos líderes do Movimento Piedade Campo Largo, ao entregar um dossiê contendo denúncias contra autoridades ligadas ao crime
“Estão sendo investigados três vereadores e um ex-prefeito de Foz do Iguaçu, além de empresários e policiais do Paraná.”
Delegado Alexandre Rorato Macedo, da Promotoria de Investigações Criminais (PIC), de Foz do Iguaçu
Crianças e adolescentes explorados sexualmente procuram cidadãos.
Não se omita. Denuncie.
Em Foz do Iguaçu: 0800 643 8111
Em Curitiba: 156
«Por uma Tríplice Fronteira Livre da Exploração Sexual Infanto – Juvenil»
«Por una Triple Frontera Libre de la Explotación Sexual Infanto – Juvenil»
Campanha de Combate à Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes na Tríplice Fronteira – Argentina/ Brasil/ Paraguai
Realização: Organização Internacional do Trabalho (OIT/IPEC) e
Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência